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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
A Escuridão e O Amanhecer Capitulo 13
CAPITULO 13 – Fé – Alice
Hoje minha mãe foi à aula de mecânica de automóveis, eu fiquei encarregada de fazer o almoço, faz um bom tempo que eu não faço a comida, antigamente pelo menos uma vez na semana eu fazia a comida meu pai dizia que minha comida era melhor do que a minha mãe, ou da cozinheira que foi contratada depois, ele sempre me dizia pra não dizer nada pois minha mãe podia ficar chateada, eu não vejo nada demais na minha comida, talvez ele só estivesse mentindo pra me deixar feliz acho que nunca vou saber a resposta disso.
A campainha tocou lavei as mãos e fui abrir a porta pensei que minha mãe tivesse perdido as chaves, mas ao abrir a porta O Gabriel estava parado com um buquê de rosas na mão quase igual ao que eu tinha imaginado só que era o Gabriel e não o Miguel, e ele não tinha aquele sorriso que eu tanto gostei, ele parecia mais temeroso, mas me entregou o buquê.
Gabriel: - Me desculpe – Ele fez uma pausa – Me desculpa pelo modo que eu agi.
Alice: - Você por acaso é louco – Eu disse irritada – Você acha que pode sair por ai me tratando do jeito que você tratou, ate agora eu não sei o que eu fiz.
Gabriel: - Nada, só que foi muita informação de uma vez pra mim – Ele disse.
Eu não fazia idéia do que ele quis dizer com muita informação, só sei que quando ele tocou o meu braço ele parecia diferente.
Alice: - O que você quer dizer com muita informação – Eu perguntei.
Gabriel: - Eu nunca fui muito sociável, a vida toda eu só tive um amigo – eu o interrompi antes que ele pudesse concluir.
Alice: - Isso não lhe da o direito de agir desse jeito – Eu o recriminei.
Gabriel: - desde que eu vi que você era real e não só um sonho, eu quero me tornar uma pessoa melhor, me tornar uma pessoa que você queira esta do lado – Ele disse.
Eu não sei se ele estava fazendo de propósito, mas com ele fazendo aquela cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança era quase impossível não se sentir mal por esta brigando com ele.
Gabriel: - Será que eu posso entrar os vizinhos estão olhando – Ele disse.
Alice: - Minha mãe não esta em casa – Eu respondi.
Ele fez uma cara ainda mais decepcionada respirou fundo.
Gabriel: - Eu te amo – Ele disse – Por mais louco que isso parece é verdade – Ao terminar de dizer ele se foi.
Devo admitir que aquelas palavras me balançaram é preciso muita coragem pra parar diante de uma garota que mal conhece e dizer que a ama, eu não acho loucura eu acho possível ele realmente esta apaixonado por mim, afinal eu me apaixonei pelo Miguel estando ao lado dele somente por algumas horas.
Coloquei as rosas dentro de um vaso com água, e voltei para a cozinha pra terminar o almoço, minha mãe chegou alguns minutos depois dele ter ido embora.
Maria: - Ganhou flores mocinha – Ele disse num tom amistoso.
Alice: - Sim – Eu me limitei na resposta.
Maria: - Quem deu – Ele perguntou, eu sabia que essa seria a sua próxima pergunta.
Alice: - O Gabriel – Eu respondi.
Minha mãe imediatamente abriu um grande sorriso e se aproximou interessada
Maria: - Que fofinho – Ela disse.
Alice: - Ele disse que me ama.
Maria: - É possível – Ela disse.
Alice: - O Que você sugeri que eu faça – Eu perguntei.
Maria: - Eu não sei o que te dizer Alice, Você gosta dele – Ela perguntou.
Eu não sabia o que responder a minha mãe, devo admitir que as palavras dele acabou me balançando um pouco.
Alice: - ele é bonito, mas é meio estranho – Foi o melhor que eu consegui responder.
Maria: - Nós somos responsáveis por cada coração que cativamos, não cabe a eu dizer o que fazer Alice, você tem que decidir o que você quer, se é esperar por alguém que pode nunca mais voltar a sua vida ou segurar bem forte quem esta lhe oferecendo o amor.
Alice: - eu não consigo parar de pensar no Miguel – Eu disse.
Maria: - Talvez ele também esteja pensando em você ou talvez não – Ela disse.
Lembro de quando eu era criança e queria crescer o mais rápido possível e fazer tudo que eu não podia fazer, mas agora tudo que eu queria era não ter responsabilidade nenhuma, não ter a responsabilidade de escolher que carreira vou seguir, Se devo continuar a ter esperança que vou rever o Miguel, tudo que eu queria era correr pra cama dos meus pais e ficar lá ate meus medos passarem, mas nem isso eu posso fazer.
Maria: - você acha o Gabriel bonito! Muitos relacionamentos começam por causa de um rosto bonito – Ela disse.
Alice: - Não quero algo tão vago pra minha vida.
Maria: - Você é jovem Alice, pode experimentar algo vago, ou pode ficar esperando que o príncipe encantado volte a sua vida e que ele não vire um sapo – Ela disse.
Alice: - Queria que as coisas voltassem a ser como era antes do papai morrer.
Minha mãe deu dois passos à frente e me abraçou bem forte, eu me senti uma criança de novo pelo menos por alguns segundos.
Maria: - As coisa sempre mudam quando agente menos espera, ou melhor, quando menos estamos preparadas para essa mudança – Ela disse e fez uma pausa – Alias me matriculei na aula de dança de Rua – Ela concluiu.
Não consegui disfarçar minha cara de surpresa, ela pareceu não se importar com minha expressão de surpresa, essa foi a forma que minha mãe arrumou pra esquecer a dor de perder o meu pai, ocupando o Maximo possível o seu tempo, talvez eu devesse fazer o mesmo, talvez eu pare de ficar pensando no Miguel constantemente, talvez eu ate me sinta um pouco mais feliz.
A noite caiu um grande temporal como no dia em que eu conheci o Miguel, aos poucos todas as lembranças daquele dia vinham a minha cabeça e causava dor eu sabia que aquilo não podia continuar, eu tinha que me esforçar para esquece-lo, pois ao que parece isso vai ser somente um amor platônico e dói ainda mais pensar nisso, se eu soubesse que isso ia acontecer eu nunca teria entrado naquele avião, mas acho que não faria diferença eu tinha que conhece-lo de um jeito ou de outro isso ia acontecer, não se pode fugir do destino pode ate tentar engana-lo por algum tempo, mas no final você percebe que deu uma grande volta e esta de novo no mesmo ponto do qual tentou fugir.
No dia seguinte pouco depois que minha mãe saiu para sua aula de critica de cinematográfica, eu troquei de roupa e sai queria passar o tempo pensei em ir ate a praia e passar algum tempo olhando o mar, mas eu já havia feito isso, então resolvi ficar andando de metrô, o vagão que eu estava, tinha vários lugares vazios, eu olhei para um canto e vi aquele garoto da escola, o que sempre esta de olho na Ruiva, ele ate que é bonito, Moreno, cabelo castanho curto, magro, estatura mediana, ao me ver ele sorriu se levantou de onde estava sentado e caminhou ate mim, fiquei preocupada que ele tivesse interpretado meus olhares de forma erronia.
Matias: - É tão raro isso esta tão vazio – Ele disse tentando puxar.
Eu me limitei a sorrir pra ele, que retribuiu era estranho mais eu sentia uma grande paz estando ao lado dele.
Matias: - Menina Nova acho que não fomos apresentados formalmente Meu nome é Matias Galvani – Ele disse.
Alice: - Meu nome é Alice.
Matias: - é um prazer conhece-la Alice – Ele disse educadamente.
Alice: - Igualmente Matias – Eu respondi.
Matias: - Você parece triste – Ele disse.
Alice: - Não estou é só aparência.
Matias: - É amor – Ele disse confiante.
Alice: - O que faz de você um tão sábio pra dar esse diagnostico – Eu disse meio debochada.
Matias: - Eu amo uma pessoa há algum tempo, só que esse amor não é correspondido então eu sei bem quando uma pessoa esta triste por causa dessa coisa chamada amor – Ele disse.
Alice: - O amor deveria se chamar dor não acha?
Matias: - Acho que o amor e a dor são irmãos siameses estão sempre juntos, mas são pessoas totalmente diferentes – Ele disse.
Alice: - No meu caso eu conheci uma pessoa, mas acho que nunca mais vou vê-lo.
Matias: - Pode ser que sim – Ele disse.
Alice: - O que você me sugeri desistir?
Matias: - Eu já pensei em desistir, algumas vezes mais ai eu me dava conta não é isso que eu queria.
Alice: - Mesmo sabendo que é provável que você nunca a tenha – Eu perguntei.
Matias: - Sim – Ele disse com um sorriso confiante.
Alice: - Por que – Eu perguntei confusa com aquele sorriso.
Matias: - Por que eu a amo, e por que eu tenho fé que minhas preces serão ouvidas – Ele disse.
FÉ! É algo que eu não tenho a algum tempo, mas algo nele fazia uma chama de esperança começar a queimar dentro de mim outra vez, nunca poderia imaginar que esse garoto que eu só conhecia de vista seria o responsável por essa chama de esperança.
Alice: - Obrigada – Eu disse sinceramente.
Matias: - Por que esta me agradecendo – Ele perguntou.
Alice: - você disse exatamente às palavras que eu precisava ouvir – Eu disse.
Matias: - Que bom, se tem uma coisa que eu aprendi é que não devemos desistir nunca, o que aconteceria se o Romeu tivesse desistido da Julieta no primeiro obstáculo – Ele perguntou.
Alice: - Nenhum dos dois teria morrido – Eu respondi.
Ele me olhou como se dissesse não era essa a resposta que eu esperava.
Matias: - Na verdade se ele tivesse desistido Romeu e Julieta não seria a maior historia de amor de todos os tempos – Ele disse.
As palavras dele fizeram com que eu me lembrasse das palavras que eu disse ao Gabriel sobre Tristão e Isolda, agora eu estava pronta para não desistir, não só isso estava pronta pra esperar o tempo que fosse necessário pelo Miguel, eu agora tinha certeza que não podia ter acabado, não ainda.
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