domingo, 25 de dezembro de 2011

A escuridão E O Amanhecer Capitulo 12



Capitulo 12 – Meninos Não Choram – Gabriel

Sentado no escuro ao lado do leito do Tiago, aquilo nem parecia um hospital não se ouvia as sirenes das ambulâncias ou mesmo passos do lado de fora do corredor era como se todos tivessem ido embora e só ficado nós dois, ver ele naquela cama respirando com a ajuda de aparelhos fazia eu me sentir ainda pior, eu contaria a ele que tudo esta na minha mente, cada pensamento que ela teve, cada vez que ela sorriu, cada vez que ela chorou...E o pior de tudo todo o amor que ela sente por aquele garoto que ela conheceu no avião, e por mais que eu tentasse não conseguia esquecer e fazia com que eu me sentisse pior a ponto de uma lagrima escorrer pelo meu rosto a qual eu sequei rapidamente, a primeira vez que eu me apaixono e ela é apaixonada por outro.
Gabriel: - Se você estivesse acordado provavelmente você diria que não é tão ruim assim que podia ser pior – Eu falei com ele.
Devo admitir que esperei um milagre esperei que ele acordasse ao ouvir minha voz, mas é claro que isso não aconteceu, ele permaneceu no seu sono profundo.
Gabriel: - Alias meu poder é absorver os poderes de pessoas iguais a nós – Eu Disse – Eu posso voar também, e enquanto você não se recuperar eu serei o Black Sparrow.
Abri a janela do quarto e sai voando parei em cima de um prédio onde fiquei esperando que alguém precisasse de mim, não me importava que eu estivesse sem a fantasia de Black Sparrow só queria esquecer os pensamentos da Alice que estavam presos em minha cabeça, ouvi pessoas rezando, reclamando da vida crianças brincando, mas nada que precisasse de mim então eu voei em direção a minha casa, mas entrei pela porta da frente para que minha mãe não estranhasse eu aparecer em casa sem ter cruzado a porta, quando entrei em casa ela estava me esperando.
Carla: - Onde você estava Gabriel – Ela perguntou meio irritada.
Gabriel: - Eu fui ao hospital ver o Tiago, e depois eu fiquei andando por ai – Eu respondi.
Carla: - Você sabe que é perigoso andar por ai à noite, o fato do Tiago esta no hospital é uma prova disso – Ela argumentou.
Queria poder dizer a pra ela não se preocupar que o que aconteceu com o Tiago não aconteceria comigo, mas acho que ela não entenderia e talvez ate ficasse com medo de mim.
Gabriel: - Me desculpa mãe – Eu disse.
Carla: - Tudo bem Gabriel, só quero que você tenha cuidado – Ela disse.
Gabriel: - Eu tenho – Respondi enquanto me afastava em direção ao meu quarto.
Assim que entrei no meu quarto notei a janela aberta eu poderia jurar que eu a tinha fechado, ao fechar a janela eu escutei a respiração de outra pessoa me virei rapidamente para olhar e fui atingido por um dardo no peito, senti uma forte dor percorrer o meu corpo, e ele começar a ficar paralisado, como aquilo era possível era para meu poder de regeneração esta agindo e me curando, uma pessoa se materializou bem diante dos meus olhos, ele estava com uma mascara de porcelana que tinha o desenho de uma coruja.
Mateus: - Não se preocupe – Ele disse com sua voz abafada pela mascara – Com seu poder de se regenerar em menos de cinco minutos você estará de pé pronto para me atacar – Ele disse.
Gabriel: - Pode ter certeza disso – Eu disse.
Mateus: - Levando em conta que eu não quero um confronto com você eu serei breve – Ele disse.
Eu estava me esforçando ao Maximo, mas não conseguia me mexer nem usar nenhum dos meus poderes.
Mateus: - Meu nome é Mateus, e tenho uma proposta para lhe fazer – Ele disse.
Gabriel: - Não estou disposto a ouvir – Eu respondi.
Mateus: - Existe uma organização que caça pessoas como nós...
Gabriel: - Pode parar eu já conheço a historia – Eu o interrompi.
Mateus: - Estou procurando pessoas especiais que estejam dispostos a juntasse a mim para derrota-los de uma vez por todas – Ele disse.
Gabriel: - Eu não vou ajuda-lo, e é melhor que você vá embora – Eu disse isso no mesmo momento em que me levantei.
Mateus: - eu posso salvar o seu amigo, basta você aceitar a oferta – Ele disse amistosamente.

Gabriel: - Eu não acredito em você – Eu disse pronto para coloca-lo pra fora.
Mateus: - Eu sinto ouvir isso, mas caso você mude de idéia, seu amigo ainda pode ser salvo – Ele disse colocando um pedaço de papel sobre a minha cama antes de desaparecer.
No papel estava escrito um numero de telefone celular, mas eu não pude deixar de pensar que talvez ele estivesse falando a verdade, que talvez ele realmente pudesse salvar o Tiago e se isso fosse verdade talvez valesse a pena arriscar, mas por outro lado uma pessoa com boa intenção nunca faria uma proposta dessas, mesmo sem sentir a necessidade eu dormi, eu adormeci.
Na manha seguinte eu acordei e fui para o banheiro assim que me olhei no espelho não vi o meu reflexo, eu estava invisível tentei por quase cinco minutos ate voltar ao normal, devo admitir que já estava ficando preocupado de ficar daquele jeito pra sempre, mas uma pergunta veio a minha mente, de quem foi que eu absorvi os poderes de puxar as memórias das pessoas.
No Colégio as duas primeiras aulas eram de educação física, todos da minha turma estavam lá, ate mesmo o Samuel, mas ele estava na arquibancada, Alice também estava lá, quando eu olhei pra ela toda a vida dela passou como um filme diante dos meus olhos, ela estava vindo na minha direção, mas eu me afastei pra minha sorte o Matias veio falar comigo.
Matias: - O que houve entre você e a garota nova, parecia que ela estava indo falar com você – Ele disse.
Gabriel: - ela gosta de outro.
Matias: - Sei bem como é isso – Ele disse se referindo a Isabel.
Gabriel: - Eu sei.
Matias: - Meu irmão você não pode desistir no primeiro obstáculo, o que aconteceria se Romeu desistisse da Julieta no primeiro obstáculo...
Gabriel: - Ele não teria morrido – eu o interrompi.
Matias: - Tudo bem você está certo sobre isso, mas o que eu digo é não desista – Ele Disse – E talvez você deva se apressar por que depois de hoje será uma semana sem aulas, e muita coisa pode acontecer em uma semana – Ele concluiu.
Gabriel: - Você está certo – Eu disse.

O professor chamou os meninos para uma corrida de duzentos metros todos se apresentaram incluindo o Simon o professor ate brincou dizendo que ele não precisava participar, mas ele insistiu era impossível não notar a sua saliente barriga marcando naquela camisa justa que ele estava usando, era muito engraçado de se ver se fosse um filme provavelmente a platéia estaria rindo de toda a confiança que ele estava exibindo.
Gabriel: - Boa corrida – eu disse ao Simon.
Simon: - Obrigado pra você também – ele disse.
O professor deu a largada, todos corremos, Simon ficou pra trás como já era esperado por todos que estavam ali, mas de repente ele surge ultrapassando todo mundo e se distanciando uns três corpos de mim, corri ainda mais rápido, mas mesmo assim não foi o suficiente para alcança-lo, o Matias chegou em quinto lugar, todos inclusive eu estávamos abismados, surpresos com a vitória dele que parecia não se importar enquanto saltava de felicidade gritando touchdown, aquilo era impossível tudo que eu aprendi me dizia que aquilo era impossível.
No vestiário Simon ainda estava feliz com sua vitória, e estava com uma garrafa de água na mão, eu não sou muito ligado nessa de vencer ou perder, mas aquela derrota, eu não estava aceitando muito bem.
Gabriel: - Como você fez aquilo – eu perguntei quase que o acusando.
Simon: - Com uma dieta de carboidratos – ele disse enquanto dava um tapa na barriga.
Gabriel: - Não seja Ridículo o que você fez é fisicamente impossível, e eu sei bem o que é fisicamente impossível – Eu disse num tom intimidador.
Simon: - Calma cara não precisa ser violento – Ele disse.
Gabriel: - Então fala –Eu disse.
Simon: - eu posso correr muito rápido, igual ao the flash – ele disse.
Gabriel: - Serio? – Eu perguntei
Simon: - Ontem à noite eu fui a são Paulo e voltei em um minuto e quarenta e nove segundos o que você viu hoje não é nada perto do que eu posso fazer – Ele disse.
Nós não tínhamos reparado mais o Matias estava lá ouvindo a conversa, como eu não ouvi ele ou pelo menos sua respiração, acho que ainda não dominei os poderes.
Simon: - Esta ai há muito tempo Matias – Simon perguntou preocupado dele ter ouvido nossa conversa.
Matias: - Tempo suficiente pra ouvir a ironia de que o homem mais rápido do mundo seja gordinho – Matias disse brincando.
Simon: - Cara você não pode contar isso pra ninguém – Ele disse preocupado.
Matias sorriu e se sentou perto de nós tocou a garrafa de água na mão de Simon e a água congelou.
Simon: - Nossa! – Ele disse Surpreso – Você pode congelar as coisas.
Matias: - Sim – Matias respondeu – Mais ainda não consigo controlar muito bem.
Então era dele que eu tinha absorvido os poderes do gelo eu nunca iria imaginar.
Simon: - Ate o Black Sparrow aparecer eu pensei que fosse o único – Ele disse meio aliviado.
Matias: - Imagino que existam muitos mais – Matias disse parecendo bastante certo.
Simon: - E você Gabriel, também tem poderes – Ele perguntou.
Pensei em dizer que sim que eu absorvo os poderes das pessoas e que agora eu também tenho os poderes deles e que sou muito mais forte do que qualquer um dos dois, mas me pareceu algo muito arrogante pra se dizer, sem contar que eles poderiam descobrir que eu sou o Black Sparrow, então eu fiz a garrafa na mão de Simon começar a flutuar.
Matias: - Telecinese – Ele disse – que legal ele concluiu.
Simon: - isso que é uma escola de heróis – Simon disse com um largo sorriso.
Matias: - Nós não somos heróis só temos poderes – Matias disse.
Simon: - Por que não montamos um grupo pra proteger as pessoas, igual a liga da justiça – Simon disse empolgado de uma forma que me fez lembrar do Tiago.
Matias: - Não seja burro Simon, nós não temos roupas à prova de balas, e eu nem sei controlar meus poderes direito – Ele disse.
Ainda bem que o Matias se antecipou e jogou um balde de água fria nós planos de Simon, eu não queria que nenhum deles se machucasse igual ao Tiago a principio Ele pareceu decepcionado.
Simon: - Tem razão no que eu estava pensando – Simon disse meio decepcionado.
Matias: - Numa coisa boa – Matias disse com sua costumeira expressão serena – Em ajudar as pessoas, mas é melhor deixar isso com o Black Sparrow.
Matias olhou pra mim quando disse as palavras Black Sparrow, como se soubesse que eu estava por debaixo daquela fantasia.
Gabriel: - Ele está certo Simon, ao que parece o Black Sparrow é a prova de balas.
Simon: - Será que aqui na escola existe mais alguém com poderes? – Simon perguntou.
Matias: - Eu não sei, é possível.
Eu tinha certeza que não era só nós três, eu ainda tenho dois poderes que eu não descobri de quem eu absorvi a super audição e a capacidade de puxar as lembranças das pessoas, mas não faz mal eu vou descobrir uma hora ou outra.

G.T.: Suas previsões estão erradas me deve 100 R$

Thonye: a Historia tem romance des do inicio.

Aninha: Não foi tão lindo assim.

0/

sábado, 17 de dezembro de 2011

A Escuridão E O Amanhecer capitulo 11






CAPITULO 11 – Velha Infância - Alice

Sai do banheiro ainda secando meus cabelos com minha toalha, mesmo assim gotas caíram criando uma trilha ate o meu quarto, o Gabriel já deve esta chegando daqui a pouco, procuro uma roupa no meu armário e acho um vestido florido na altura dos joelhos que eu devo ter usado somente umas três vezes, o coloquei e me olhei no espelho por um tempo virei de um lado para o outro querendo analisar de todos os ângulos, e cheguei a conclusão que aquele vestido me deixava gorda, troquei por uma saia jeans e uma blusa vermelha com os Dizeres: Palavras podem dizer menos do que um olhar, que eu comprei quando eu tinha quatorze anos e três anos depois ainda me serve.
Sentei-me na penteadeira onde me maquiei e fiz uma franja eu fico bonita de franja, deveria usar mais, mas meu cabelo é tão enrolado que só da pra fazer franja com ele ainda um pouco molhado, de repente eu me dei conta de que eu estava me importando com a minha aparência mais do que devia, é o Gabriel...Não o Miguel.
A campainha tocou alguns segundos depois eu fazia os últimos retoques. Eu sabia que era o Gabriel, mas isso não impediu que minha mente irracionalmente apaixonada imaginasse que quem estava à porta era o Miguel com o buquê de rosas amarelas na mão, e que ele sorriria pra mim assim que me visse e diria que cada dia longe de mim pareceu uma eternidade sem fim, e eu diria que pra mim também, eu tenho que parar de ficar assistindo esses filmes de amores impossíveis.
Minha mãe entrou no quarto com a empolgação de uma colegial que acaba de receber seu primeiro convite pra sair, estou começando a ficar preocupada com ela, aulas de mecânica, aulas de Kung-fu, e o mais preocupante de tudo aulas para ser critico de cinema, quem é que estuda para ser critico de cinema e praticamente a mesma coisa que fazer faculdade pra ser arbitro de futebol.
Maria: - Ele é um pão – Ela disse tão alto que eu fiquei preocupada que ele tivesse escutado.
Alice: - Mãe – Eu a repreendi.
Maria: - Que foi Alice, esta com ciúmes – Ela perguntou.
Alice: - Primeiro ele não é meu namorado, nós só vamos fazer um trabalho de escola, segundo ninguém hoje em dia diz que alguém é um pão – Eu Disse um pouco alterada.
Maria: - Desculpa – Ela disse – Ela é um gato esta melhor assim – Ela perguntou.
Alice: - Por favor, mãe aconteça o que acontecer se mantenha distante da sala. – Eu implorei a ela.
Maria: - Não se preocupe eu não vou roubar seu namorado, mesmo por que ele é muito novo pra mim – Ela disse num tom de brincadeira que eu achei muito sem graça.
Alice: - Estou falando serio Mãe – Eu disse de forma seca.
Maria: - Já entendi, mas me diga qual é o nome dele – ela perguntou.
Alice: - É Gabriel – Eu falei.
Maria: - Igual ao Arcanjo – Ela disse.
Eu lembrei que foi quase isso que eu disse ao Miguel quando ele se apresentou, as lembranças vieram outra vez e senti aquela pontada no peito, senti a dor de esta longe de quem se ama.
Maria: - Que foi Alice –Ela perguntou.
Alice: - Nada mãe só lembrei de uma pessoa –Eu disse tentando desconversar.
Ela me puxou pra junto dela e me abraçou de forma carinhosa, ela não fazia muito isso antes do meu pai morrer, geralmente era ele que demonstrava os sentimentos.
Maria: - Não se preocupe se às vezes você sentir vontade de chorar é normal – Ela disse.
Estava claro que ela estava achando que a pessoa que eu me lembrei fosse o papai, eu não quis dizer pra ela que era um garoto que eu conheci no avião, só esperei que ela me soltasse e fui pra sala me encontrar com o Gabriel, ele se levantou do sofá assim que eu entrei na sala.
Gabriel: - Oi – Ele disse timidamente.
Alice: - Olá – Eu respondi enquanto me sentava.
Ele se sentou e ficou me olhando da mesma forma que ele ficava me olhando na escola.
Alice: - Você já leu o livro eu perguntei.
Gabriel: - Ainda não – Ele disse – Eu comecei a ler mais é meio chato.
Alice: - Chato – Eu disse surpresa – É uma das maiores historia de amor de todos os tempos.
Gabriel: - não creio que tenha realmente acontecido, parece mais um livro do que fatos – Ele disse.

Alice: - Eu acredito que realmente tenha acontecido – Eu disse.
Gabriel: - Eu não, em certas historias o Tristão é colocado na corte do rei Arthur, é como a guerra de tróia ou a Lenda de Beowulf provavelmente nunca aconteceram – Ele disse.
Alice: - Você não acredita que alguém poderia sacrificar tudo por amor – Eu perguntei.
Gabriel: - Se você tivesse me perguntado isso no final do ano passado, eu direi não – Ele Disse – mais eu não sabia o que era gostar de alguém.
O jeito que ele me olhava enquanto disse essas palavras era tão estranho...Tão intenso.
Alice: - Vamos fazer desse jeito, eu faço a metade inicial do livro e você a metade final, assim agente não precisa ficar se encontrando – Eu disse.
Gabriel: - Minha companhia te incomoda tanto assim – Ele perguntou com um olhar triste.
Eu não tinha percebido que da forma que eu disse parecia que eu não queria ficar perto dele.
Alice: - Não é nada disso, eu só me expressei mal, me desculpe.
Eu notei uma mancha de sangue na camisa dele, aquilo me deixou preocupada talvez ele tivesse matado alguém antes de vir pra cá, por que eu sempre acho que as pessoas são assassinas em serie, tenho que parar de assistir CSI.
Alice: - Isso é sangue – Eu perguntei mesmo sabendo a resposta.
Gabriel: - É sim eu tive um pequeno acidente enquanto eu vinha pra cá – ele explicou mais parecia esta mentindo.
Mal pude acreditar quando minha mãe entrou na sala com sanduíches e refrigerante, depois de eu ter pedido tanto.
Maria: - espero não esta interrompendo nada – ela disse do jeito mais natural do mundo.
Por que será que os pais conseguem nos envergonha mesmo quando eles não estão tentando fazer isso, ela ainda ficou encarando o Gabriel como se ele fosse uma pessoa que ela não via há muito tempo.
Maria: - Seu rosto me parece tão familiar Gabriel –Ela disse, parecia realmente confusa, ela deixou o lanche e saiu, não sem antes olhar pra ele mais uma vez.

Alice: - Me desculpa pela minha mãe.
Gabriel: - Tudo bem, eu tenho um rosto comum, vivem me confundido com o Brat Pitt – Ele disse tentando fazer piada, eu sorri fingindo que achei engraçado.
Alice: - Por que você esta sempre olhando pra mim – Eu perguntei sem rodeios – Eu nem sou tão bonita a ruiva que fica te olhando é muito mais bonita do que eu, você não imagina como é difícil pra eu dizer isso.
Ele ficou vermelho de vergonha, a pele dele é tão branquinha que por mais que ele dissesse que não, estava bem claro que a minha pergunta o deixou envergonhado.
Alice: - Me desculpe eu não devia ter perguntado – Eu tentei fazer ele se sentir melhor.
Gabriel: - Você acredita que as pessoas possam se apaixonar mesmo antes de se conhecer.
Eu sabia o que ele estava querendo dizer era como eu me sentia com o Miguel, parecia que estávamos destinados a nos conhecer naquele avião, é uma sensação tão estranha quando se acha alguém que te faz pensar que a vida é perfeita mesmo que você ainda esteja de luto pela morte de seu pai, mas às vezes os destinos são certos, mas os caminhos opostos.
Gabriel: - Eu sonho com você muito antes de te ver pela primeira vez, por mais louco que isso seja – Ele disse.
Alice: - Podia ser qualquer garota parecida comigo – Eu tentei desconversar.
Gabriel: - Era você, seus olhos, seus cabelos eu reconheceria em qualquer lugar – ele disse determinado.
Alice: - É melhor agente fazer esse trabalho outro dia – eu disse enquanto me levantava.
Gabriel: - Espera – Ele disse ao mesmo tempo em que tocava o meu braço vi todo o seu corpo estremecer, a expressão do seu rosto mudou totalmente ele parecia abalado como se tivesse visto alguma coisa.
Alice: - Você esta bem – eu perguntei preocupada.
Gabriel: - Eu preciso ir embora – Ele disse.
Alice: - O que houve Gabriel?
Gabriel: - Nada, eu estou bem – Ele disse com uma voz embargada.
Eu pensei em argumentar para que ele ficasse, mas ele saiu sem me dar chance de dizer nada, o que eu estou pensando eu queria que ele fosse embora e agora eu estou me sentindo mal por ele ter ido embora, o que esta havendo comigo.
Entrei no quarto da minha mãe confusa com a situação, eu surpreendi olhando umas fotos antigas que ela guardou rapidamente, só consegui ver uma das fotos e não reconheci ninguém.
Alice: O que você estava fazendo – Eu perguntei apesar de saber exatamente o que ela estava fazendo.
Maria: - Nada de mais, só olhando as fotos dos meus antigos amigos.
Alice: - Posso ver – Eu perguntei.
Maria: - Não, você não conhece nenhum deles, e também não quero que você veja o quanto eu envelheci – Ela disse – cadê o Gabriel?
Alice: - ele já foi –Eu respondi.
Maria: - Por isso você esta com essa carinha triste – Ela perguntou de forma amistosa.
Sentei-me perto dela procurando uma forma de começar o assunto.
Alice: - Você já se apaixonou por alguém alem do papai – Eu criei coragem e perguntei, ela respirou fundo antes de me responder.
Maria: - Eu tinha um namorado antes de conhecer o seu pai – ela disse – Mais quando eu vi seu pai pela primeira vez foi amor a primeira vista, eu sabia que era com ele que eu queria passar o resto da minha vida.
Alice: - Você nunca duvidou disso –Eu perguntei.
Maria: - O medo sempre faz agente se questionar sobre essas coisas, eu larguei um namoro de três anos pelo seu pai, eu não tinha certeza se ia dar certo, mas eu tinha certeza do que eu queria, é meio contraditório não – Ele perguntou.
Alice: - Muito –Eu respondi.
Maria: - Você esta apaixonada pelo Gabriel: - Ela perguntou.
Alice: - Não mãe – Eu respondi irritada.
Maria: - Não precisa se irritar foi só uma pergunta – ela disse.
Alice: - Mais ele falou umas coisas estranhas sobre destino, e de que tinha sonhado comigo antes mesmo de me conhecer – Eu disse um pouco constrangida.
Maria: - Você acreditou nele – Ela Perguntou gentilmente.
Alice: - Ele pareceu sincero, mas ai ele saiu como se tivesse visto algo assustador.

Maria: - ele parece ser um bom garoto – Ela disse e sorriu.
Alice: - Qual é a graça – Eu perguntei
Maria: - É que agente geralmente flerta com os Perigosos e nos casamos com os bonzinhos.
Alice: - Eu conheci uma pessoa no avião, foi amor a primeira vista, O sorriso dele é a coisa mais bonita que eu já vi.
Maria: - Nossa, por que não me falou dele antes – ela perguntou.
Alice: - Por que eu tenho a sensação de que nunca mais vou vê-lo – Aqueles palavras doeram fundo no meu peito.
Maria: - Algumas pessoas passam por nossas vidas e a chacoalha de tal forma que parece que o chão desapareceu dos nossos pés, mas muitos são só alma gêmeas temporárias, então vão embora – Ela Disse – Mais as vezes agente fica esperando essa alma gêmea retornar e acaba deixando escapa a verdadeira alma gêmea – Ela concluiu.
Eu odeio quando ela banca a filosófica, mas talvez ela esteja certa, talvez o Miguel já tenha cumprido a missão dele na minha vida, eu quero tanto acreditar nisso, assim talvez a dor diminuísse, mas eu sinto que ele de alguma forma ainda faz parte da minha vida, me levantei e sai do quarto de minha mãe, no meu quarto peguei um porta-retrato sobre a mesinha ao lado da minha com a foto do meu pai, e fiquei olhando a foto por alguns minutos, lembrando dele sentindo a falta dele então eu me dei conta que a saudade que eu sentia dele era diferente, era uma certeza, a certeza de que eu nunca mais vou vê-lo, mas quando eu me lembrava do Miguel a saudade era diferente, era como se estivesse em estados diferentes entender aquilo fez meu coração disparar e se encher de esperança de que aquele dia debaixo de chuva, não foi um adeus, mas sim um ate logo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Escuridão e O Amanhecer Capitulo 10



Capitulo 10 – O Senhor dos Ventos – Filipe

Estirado no chão, pela primeira vez fui vencido eu não podia acreditar, aquele garoto é a pessoa mais poderosa que eu já enfrentei e olha que já foram muitos, meus olhos se fecharam e uma nuvem de lembranças veio a minha mente, lembranças ruins.
Quando eu e minha irmã tínhamos Cinco anos conhecemos a morte de perto, nossa mãe morreu. Ela tinha só 24 anos nós ficamos ao lado dela ate que os vizinhos percebessem que havia algo errado, foram dois longos dias, alem dela não tínhamos ninguém e fomos mandados para um abrigo de crianças abandonadas ou órfãs, todo dia a Anna Perguntava quando nossa mãe ia vir nos buscar, eu sempre respondia que em breve devo admitir que não sabia o que estava dizendo, só estava repetindo o que minha mãe dizia quando o dono da casa que agente morava ia cobrar o aluguel atrasado, um dia ela simplesmente parou de perguntar, lá não era um bom lugar a comida era ruim e pouca, não havia camas para todos, as mulheres que deveriam tomar conta da gente não se importavam muito, afinal quem se importa realmente com o que uma criança sem pais passa num lugar desse, às vezes elas levavam alguma criança geralmente à noite, no dia seguinte elas voltavam, mas as crianças não, eu sempre rezava para que não levassem minha irmã, mas eu sabia que não ia adiantar, pois um dia um de nós acabaria sendo levado.
Quando eu Tinha Oito anos no meio da noite uma delas entrou no quarto em que eu estava com a minha irmã e outras 5 crianças, eles acordaram minha irmã e mandou que ela levantasse rápido pois ela ia embora.
Anna: - Filipe Socorro – ela gritou
Eu corri e segurei o braço dela, mas levei um tapa na cara que doeu por uns dois dias, aquela mulher arrastou a Anna para fora do quarto, ela gritava e lutava não queria ir, não queria se separar de mim, foi quando eu senti todo o meu corpo estremecer, e uma rajada de vento estraçalhou a janela do quarto, ela largou minha irmã enquanto olhava atônita para mim, Anna correu ate mim, podia sentir o vento me rodeando, fiz um movimento com a mão e ela foi atingida por uma rajada de vento que fez com que ela batesse contra a parede.
Anna: - Como você fez isso – Ana Perguntou abismada.
Filipe: - Eu não sei – Eu disse com todo o resto de inocência que me restara.
Eu queria matar aquela mulher todas as que nos maltrataram, mas eu sei que isso é errado Deus não gostaria, eu a Anna e outras oito crianças fugiram naquele dia, eu nunca mais os vi, Eu e a Anna passamos inúmeras noites com frio e com fome e usei meus poderes algumas vezes pra roubar pessoas, aquilo me deixava muito mal eu não sou um ladrão Deus me deu esses poderes para que eu pudesse ajudar as pessoas não roubá-las, um dia quando a Anna completou Dez anos seus poderes também apareceram e nós começamos a fazer truques na rua, agente conseguia dinheiro suficiente pra comer só precisávamos arrumar um lugar pra morar, a rua é um lugar muito perigoso ate mesmo pra gente mais ou menos uns 5 meses depois que a Anna descobriu os poderes nós terminamos de nos apresentar, as pessoas deixaram o dinheiro e foram embora exceto um homem com um terno elegante, gel no cabelo e um sorriso gentil, mais enigmático, e se tem uma coisa que eu aprendi foi que as pessoas com aparência gentil geralmente são os mais perigosos.
Filipe: - O show acabou – Eu disse tentando espantá-lo.
Richard: - Eu notei – Ele disse com o mesmo sorriso.
Ele sacou uma pistola e disparou um dardo na Anna antes que eu pudesse atacá-lo ele também disparou em mim a ultima coisa que eu vi foi um garoto talvez da minha idade com o poder de ficar invisível ficar visível bem ao lado do homem, eu e a Anna não somos os únicos eu descobri isso naquela noite.
Acordei em uma sala com um bracelete que parecia uma algema prendendo minhas mãos, Anna estava desacordada ao meu lado eu tentei usar meus poderes para nos tirar dali, mas eles não funcionavam, O homem entrou acompanhado por dois garotos.
Richard: - Olá Filipe, Meu nome e Richard Fox, esses são meus filhos, André que pode controlar o fogo e Mateus que pode ficar invisível – Ele se apresentou.
Filipe: - O que você fez com a minha irmã – Eu gritei.
Richard: - Ela esta bem não se preocupe – Ele disse – Desculpa ter atirado em vocês, mas eu não poderia arriscar uma reação de vocês o poder de ambos pode causar grandes contratempos – Ele concluiu.
Filipe: - O que você quer da gente – perguntei tentando conter o choro.
Richard: - vocês são gêmeos? – Ele perguntou quase como uma afirmação.
Filipe: - Sim. – Eu disse
André: - Ninguém vai machucar vocês não precisa ter medo – O garoto que controla o fogo disse.
Richard: - Eles também são gêmeos, gêmeos como vocês os dois desenvolvem os poderes, já gêmeos univitelinos somente um desenvolve os poderes – Ele explicou.
Eu não fazia idéia do que ele estava falando, isso estava evidente em meu rosto ele percebeu.
Richard: - Não se preocupe um dia você vai entender. - Ele disse.
Mateus: - Gêmeos univitelinos são gêmeos idênticos – O outro garoto falou.
Richard: Você sabe de onde vem seu poder? – ele perguntou.
Filipe: - Eu pedi a Deus que ajudasse eu e minha irmã e ele nos deu esses poderes – Eu falei.
O garoto que controla o fogo não conseguiu controlar o riso mais Richard o olhou com um olhar repreensivo e ele parou.
Richard: - Não foi assim que seus poderes surgiram, há alguns anos aconteceu uma catástrofe – Ele Disse – Desse incidente varias mulheres grávidas foram afetadas por uma espécie de vírus que criou uma mutação nos fetos – Ele fez uma pausa e me olhou percebeu que eu não estava entendo muita coisa – Criou uma mutação nos bebês que fez com que eles nascessem com poderes igual a você ou sua irmã.
Eu não queria acreditar nele, eu nem o conhecia mais ele parecia tão certo do que estava dizendo.
Richard: - OS poderes variavam, mas com o tempo percebemos que quanto mais a mãe foi exposta, mas forte era o bebê – Ele disse – Ate hoje existe casos de crianças especiais nascendo, é bem menos freqüente, na verdade o ultimo foi há dois anos. – ele concluiu.
Mateus: - E eles são cada vez mais fracos, nem se comparam aos da primeira geração, nós no caso.
Richard: - Eu acho fascinante o fato de vocês tão jovens já conseguirem controlar seus poderes – Ele disse com um brilho no olhar.
Filipe: - Obrigado – Eu disse.
Ele falou muita coisa, me explicou muita coisa mais ainda não havia dito o que ele queria comigo e com a Anna.
Richard: - Eu quero que você e sua irmã se unam a mim e minha equipe – Ele disse com um sorriso gentil.
Filipe: - E se eu disse não – Eu perguntei.
Richard: - Esperarei sua irmã acordar, e libertarei vocês – Ele disse – Mais eu quero que você pense se você ficar, você terá estudos, uma casa, e terá um objetivo na vida – Ele fez uma pausa – Proteger as pessoas - ele concluiu.
André: - É isso que agente faz aqui cara – O garoto do fogo falou.
Richard: - Pense na sua irmã, as ruas são um lugar perigoso, principalmente para uma menina tão bonita, seus poderes não foram o suficiente pra evitar que eu a trouxesse pra cá, por mais que minhas intenções sejam boas, têm outros que não tem – Ele disse.
Eu estava confuso eu passei tempo de mais na rua me acostumei a ela, mas eu sabia bem que as ruas não são lugar para minha irmã eu sempre procurei protegê-la, talvez aqui ela fique protegida, e havia alguma coisa que me fazia acreditar naquele homem.
Filipe: - Tudo bem, eu aceito – As palavras saíram quase que automaticamente.
Richard: - Seja bem vindo à família Nabucodonosor Filipe – Ele disse com os braços abertos como se fosse me dar um abraço.
Mateus veio ate mim e retirou as argolas da minha mão, e das mãos da minha irmã.
Richard: - Mateus mostre a ele as instalações, vou levar a menina para o refeitório.
Saímos da sala onde estávamos e caminhamos por um grande corredor com varias portas dentro havia pessoas com jalecos brancos, frascos de pesquisa e papeis sobre a mesa.
Filipe: - O que eles fazem aqui – eu perguntei cheio de curiosidade.
Mateus: - É confidencial se eu te contar teria que te matar.
Filipe: - Você esta mentindo – Eu Falei.
Mateus: - Quer arriscar – Ele perguntou com um ar enigmático.
Filipe: - Não – Achei melhor não arriscar aquele garoto tinha uma expressão meio louca no rosto.
Chegamos num lugar que parecia com uma cadeia, eu parei em frente a uma porta onde um garoto esmurrava a porta querendo sair, ele gritava e batia implorando pra sair, aquilo me deixou assustado e preocupado que eles me jogassem e minha irmã numa daquelas celas.
Mateus: - Não se preocupe com ele – Ele Disse.
Filipe: - Ele ta preso? – Eu perguntei.
Mateus: - Nossa missão é proteger as pessoas – Ele disse.
Filipe: - Prendendo crianças – Eu o interrompi.
Mateus: - Agente protege as pessoas normais, de pessoas com poderes – Ele disse mais eu o interrompi outra vez.
Filipe: - Nós temos poderes – Eu falei alto.
Mateus: - Mais nós não somos maus, esse garoto é um dos perigosos ele tem super força e se regenera. – Ele disse calmamente.
Filipe: - Como você pode ter certeza que ele é perigoso ele deve ter a nossa idade – Eu argumentei.
Mateus: - Existe uma igual a nós que sonha com as coisas e pode projetar os sonhos dela em aparelhos de TV ou computador.
Filipe: - Foi assim que vocês nos acharam? – Eu perguntei.
Mateus: - Vocês não podem fazer truques sobre humanos sem que a nossa família fique sabendo – Ele disse – Só não achamos você antes por que ela chegou aqui há alguns meses e tínhamos outros assuntos para resolver – Ele concluiu.
Ele continuou a me mostrar às instalações, passamos por guardas armados que o cumprimentaram depois de andarmos por quase 40 minutos ele me levou para o refeitório onde não havia muitas mesas e cadeiras, minha irmã estava comendo acompanhada pelo André.
Filipe: - Anna Você ta bem – Eu perguntei preocupado.
Anna: - Estou – Ela disse comendo mais um pouco de comida.
Filipe: - Agente vai morar por aqui, pelo menos por um tempo – Eu disse esperando que ela se recusasse.
Anna: - Tudo bem, a comida daqui é boa – Ela disse, ela parecia feliz aquilo me fez ter certeza que tomei a decisão certa.
André: - Coma alguma coisa Filipe – Ele disse.
Mateus: - depois levo vocês para seus respectivos quartos – Ele disse e se afastou para outra mesa.
Filipe!Filipe! Eu ouvi a voz da minha irmã chamar, meus olhos se abriram lentamente e ela estava me olhando apreensiva, eu estava de volta ao telhado onde aquele garoto me derrubou.
André: - Você ta bem cara – Ouvi a voz do André.
Olhei um pouco mais para o lado e ele estava me olhando, ao seu lado estava Davi um garoto de trejeitos afetados maquiagem nos olhos, apesar de que o cabelo só permite que um dos olhos dele fique a mostra e um sarcasmo que irrita qualquer pessoa.
Davi: - Parece que alguém foi nocauteado – Ele disse com um ar debochado.
Anna: - Quem fez isso, foi o Mateus ou algum outro dos que fugiram – ela perguntou.
Eu não a respondi eu mal conseguia olhar para ela, André tentou me ajudar a levantar mais eu dispensei sua ajuda e subi no helicóptero sozinho os outros subiram logo depois e o helicóptero decolou.
Anna: - Vamos ter que dar alguns pontos nesse corte – Ela disse, mas eu a ignorei e continuei a olhar pela janela do Helicóptero.
Davi: - Não se preocupe Anna ele só esta com o ego ferido, coisa de homem – Ele disse com seu jeito debochado.
Usei meus poderes para que o helicóptero fosse atingido por uma rajada de vento que fez com que ele balançasse.
Davi: - Quer derrubar o Helicóptero e matar todo mundo –Ele disse irritado.
Filipe: - Eu e a Anna sairíamos vivos, e o André é imune ao fogo só você e o piloto morreriam –Eu disse.
Chegamos à base e eu fui imediatamente para enfermaria, à enfermeira cuidou dos meus ferimentos Anna ficou o tempo todo por perto, assim que a enfermeira saiu da sala, Anna veio na minha direção e me abraçou bem forte.
Anna: - O que você estava pensando sair sozinho, nós somos uma equipe Filipe – Ela disse com lagrimas nos olhos.
Richard Entrou ele continua o mesmo só envelheceu alguns anos.
Richard: - Você esta bem? – Ele perguntou.
Filipe: - Sim senhor – Eu respondi.
Richard: - Foi o 040 que fez isso – Ele perguntou.

Filipe: - A não ser que ele tenha aprendido a voar e a ter telecinese alem do poder de gelo acho que não – Eu disse.
Richard: - Se ele matou pessoas que tinham esses poderes ele os teria agora – Ele falou como se eu não soubesse disso.
Filipe: - Não era ele senhor, eu tenho certeza – Eu disse.
Richard: - Seja lá quem for ele deve ser encontrado e capturado, Como a 045 não viu isso – Ele disse.
Filipe: - Ele não é perigoso senhor, ele podia ter me matado – Aquelas palavras doeram ao sair da minha boca.
Richard: - Veremos – ele disse saindo da enfermaria.
Anna: - O que ta havendo Filipe – Ela perguntou.
Filipe: - Só estava pensando Anna – Eu disse.
Anna: - Em que? – Ela perguntou.
Filipe: - Que talvez o Mateus estivesse certo – Ela me interrompeu.
Anna: - Você está louco? – Ela perguntou.
Filipe: - Não! Mais se ele estiver certo, e se na verdade nós formos os vilões quem garante que essas pessoas presas aqui são realmente perigosas.
Anna: - Você só pode esta brincando lembra que o 035 pode criar buracos negros, ela matou toda família.
Filipe: - Ele disse que foi acidente, que não sabia que possuía esses poderes – Eu falei.
Anna: - Você sofreu uma pancada na cabeça, está confuso só precisa descansar, por favor, não faça a mesma besteira que o Mateus.
Filipe: - Eu não vou abandonar a família Anna, pelo menos não ainda. – Eu disse.
Ela me abraçou nós não abandonamos nossa família no primeiro contratempo, eu nunca a deixaria, ela é a minha família não esse lugar, não essas pessoas eu sei que teria me virado na rua sou grato pelos estudos e pela casa, mas já fazia algum tempo que essa vida já estava me cansando.